Em meio ao crescente desafio representado pelas facções criminosas, a Bahia pode estar prestes a adotar um novo modelo de enfrentamento. Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa (Alba) propõe a criação de um Cadastro Estadual de Monitoramento de Facções, uma ferramenta destinada a reunir e cruzar informações de diversas fontes sobre o crime organizado no estado.
O objetivo é claro: centralizar dados sobre grupos com estrutura interna, códigos próprios e envolvimento contínuo com crimes como tráfico, assassinatos e extorsão. O sistema será alimentado por órgãos estaduais, municipais e federais, além de contar com contribuições de organizações civis que apresentem estudos com critérios científicos.
O gerenciamento do cadastro obedecerá a regras rigorosas de sigilo, atualização contínua, validação técnica e responsabilidade no uso das informações. Qualquer uso indevido será punido nos âmbitos civil, penal e administrativo.
Para o deputado Leandro, autor da proposta, o cadastro é uma resposta urgente à ausência de uma base estadual confiável para entender e combater o avanço das facções. “Não se trata apenas de reprimir, mas de prever e estruturar políticas públicas que enfrentem o problema na raiz”, ressalta.
Leandro acredita que a integração entre instituições e o uso estratégico dos dados podem mudar o jogo contra o crime organizado. “É hora de dar um passo além da repressão e investir em inteligência, cooperação e planejamento. Esta proposta é esse passo.”
Se aprovado, o sistema poderá representar uma virada na segurança pública da Bahia, com impactos duradouros na formulação de ações preventivas e no fortalecimento do estado frente à criminalidade.
Por Redação